Estamos no mês de conscientização nacional de conscientização e incentivo ao diagnóstico precoce do câncer ocular na infância.
O retinoblastoma é pouco conhecido e assintomático.
O retinoblastoma é determinado por uma mutação genética e pode acometer um ou ambos os olhos, adverte o Dr. Marcelo Vilar, oftalmologista do Hospital de Olhos do Paraná.
O diagnóstico deve ser feito em crianças até os três anos de vida, pois os pais têm dificuldades em perceber as alterações, que são muitas vezes sutis.
O especialista explica que o tumor é maligno e se origina das células da retina, que é a parte do olho responsável pela visão.
Aparece precocemente, geralmente antes dos cinco anos de idade. Por isto, o médico recomenda que a criança seja submetida a um exame de vista completo entre seis e 12 meses de vida. O fundo de olho é o exame de rastreamento.
Sinais e sintomas
Os principais sinais oculares em ordem de frequência: a leucocoria (reflexo branco na pupila quando incide uma luz, como um flash fotográfico, por exemplo – em olhos saudáveis, esse reflexo é vermelho), estrabismo e sinais inflamatórios como olho vermelho e edema (inchaço).
São menos frequentes o estrabismo, diminuição da visão, movimentos irregulares dos olhos, dor, vermelhidão na parte branca dos olhos, abaulamento, cor diferente de cada íris.
Em casos avançados, o tumor pode invadir os tecidos ao redor do globo ocular e se apresentar como uma massa tumoral na órbita ou nos linfonodos regionais.
O Dr. Marcelo admite que se o tumor se não tratado a tempo pode comprometer irreversivelmente a visão e a vida da criança. Por outro lado, quando é identificado e tratado rapidamente e de forma adequada, por equipe especializada, é curável em 90% dos casos. A terapêutica varia de acordo com o estágio da doença.