Causas, Sintomas e Tratamentos do Olho Seco em Curitiba
Olho seco é um termo usado para descrever um grupo de diferentes doenças e condições que resultam da umidade e lubrificação inadequadas do olho, por baixa produção de lágrimas ou por má qualidade do filme lacrimal.
Quando piscamos é formado um filme lacrimal. A síndrome do olho seco ocorre com o rompimento prematuro deste filme, deixando expostos à atmosfera o epitélio conjuntival e corneano.
Há várias anormalidades diferentes que podem causar o olho seco, tais como diminuição da produção de lágrimas, evaporação excessiva, problemas com o piscar, doenças sistêmicas, etc.
Saiba as causas, sintomas e tratamentos do olho seco com o Dr. Marcelo Vilar que atua em Curitiba no Hospital de Olhos do Paraná.
Causas do olho seco
- Causas ambientais: o clima seco, vento, poluição ou contaminação ambiental, lugares fechados, calefação, ar condicionado e radiação dos monitores de computador podem aumentar a evaporação e causar olho seco;
- Medicamentos: certos medicamentos podem diminuir a capacidade do organismo de produzir lágrimas (Roacutan);
- Disfunções hormonais: menopausa, tireoidite de Hashimoto;
- Lentes de contato: o uso de lente de contato pode (por vários mecanismos) agravar ou provocar o olho seco;
- Lesões traumáticas, inflamatórias ou malignas das glândulas lacrimais;
- Fatores nutricionais: desnutrição, deficiência de vitaminas C e B12.
Sintomas
- Dor ocular, sensação de corpo estranho;
- Sensação arenosa, ardência ou queimação;
- Olhos vermelhos, sensibilidade à luz;
- Visão de halos coloridos;
- Olhos lacrimejantes (compensação).
Doenças oculares associadas, como blefarite, meibomites e anormalidades nas pálpebras também podem contribuir significativamente para o desconforto do paciente.
Tratamentos
O tratamento do olho seco depende da causa.
Os substitutos lacrimais (lubrificantes oculares) são os tratamentos mais utilizados e têm se mostrado eficazes, independentemente da causa do olho seco. O objetivo é aumentar a umidade da superfície ocular e melhorar a lubrificação através de lubrificantes (colírio ou gel).
Segue uma lista de alguns dos tratamentos para olho seco:
- Tratamento de doenças oculares associadas: blefarite, meibomite, etc.
- Tratamento de doenças sistêmicas que possam ser a causa, como reumatismo;
- Colírios lubrificantes – são suficientes para a maioria das pessoas;
- Gel oftálmico;
- Oclusão dos pontos lacrimais, feita pela inserção de plugs de silicone;
- Cauterização dos pontos lacrimais;
- Uso de lentes de contato terapêuticas;
- Suplementação com óleo de linhaça / ômega 3;
- Colírios anti-inflamatórios;
Em casos severos, pode ser necessária a intervenção cirúrgica.
Veja como é o tratamento cirúrgico para Olho Seco no vídeo abaixo:
Luz pulsada
A Síndrome do olho seco é uma doença multifatorial que ocorre quando há deficiência das glândulas de meibomio, que são responsáveis por produzir os lipídios da lágrima, garantindo que o olho fique lubrificado. Além do envelhecimento, o uso exagerado de smartphones, tablets e computadores, alguns medicamentos e ambientes com ar condicionado são alguns dos fatores que contribuem para o aparecimento da doença.
Estima-se que a síndrome de olho seco atinja entre 5% e 34% da população mundial dependendo da localidade. Segundo o Conselho Brasileiros de Oftalmologia (CBO), 35% dos brasileiros com mais de 18 anos experimenta algum nível da doença e mais de 2 milhões de pacientes são tratados anualmente.
A luz pulsada começou a ser usada para tratar a blefarite com bons resultados também para olho seco. Foi observado que a terapia com a luz pulsada para doenças da pele aliviam os sintomas do olho seco em alguns pacientes.
O E-Eye IRPL, emite um feixe de luz pulsada regulada que estimula e desobstrui as glândulas meibomianas restaurando a produção de um filme lacrimal saudável. Diferente do tratamento padrão, com colírios que devem ser aplicados diversas vezes no dia, com o E-Eye IRPL (aparelho de luz pulsada) são necessárias cerca de três sessões e os resultados duram por até 3 anos, dependendo da gravidade da doença.
Recentes estudos, publicado em 2019 no Journal of Ophthalmology apontou uma melhora significativa dos sintomas, em apenas três sessões de luz pulsada. Além disso, não houve efeito adverso e recorrência das crises de blefarite no grupo que recebeu o tratamento.