Outubro é mês de falarmos sobre o câncer de mama, o tumor mais frequente na mulher. Estima-se, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a ocorrência de mais de 60 mil novos casos deste tipo de tumor no país apenas em 2020. Mulheres que já estão em tratamento não podem interrompê-lo, mesmo durante a pandemia.
Como surgiu o Outubro Rosa.
Iniciativa da Fundação Susan G. Komen, o Outubro Rosa tem como objetivo conscientizar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do Câncer de Mama através do autoexame e mamografia. Sua primeira edição foi promovida há exatos 30 anos, em 1990, nos Estados Unidos.
O laço rosa, símbolo da campanha, foi distribuído aos corredores que participaram da Run For The Cure, uma prova de corrida realizada em Nova Iorque. A iniciativa “pegou” e se espalhou pelo mundo. Foi adotada por governos, secretarias de saúde, instituições, organizações e empresas. Por isso vemos tantos prédios e monumentos iluminados com luzes da cor rosa durante todo o mês.
Hoje, além do câncer de mama, o Outubro Rosa também alerta para a prevenção do tumor de colo do útero.
Os números do câncer de mama no Brasil.
Segundo dados do INCA, verifica-se um aumento na idade média da doença registrada no momento do diagnóstico: de 53 anos em 2000 para 56 anos em 2010. Os Estados das Regiões Sul e Sudeste do Brasil tiveram taxas brutas de mortalidade por câncer de mama superiores à taxa nacional, alguns chegando a atingir valores maiores que 20 óbitos por 100 mil mulheres. A taxa no estado do Paraná é de 17,9, atrás apenas do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.
A importância da prevenção.
As pesquisas epidemiológicas identificaram condições individuais, de estilo de vida e ambientais que aumentam a probabilidade de desenvolvimento do câncer de mama. Alguns fatores de risco, como os hereditários, hormonais e reprodutivos, certos tipos de doença benigna da mama, idade e raça, não podem ser alterados. Somente 10% dos casos de câncer de mama são atribuídos a fatores hereditários.
Outros fatores ambientais ou comportamentais, tais como reposição hormonal, ingestão de bebidas alcoólicas, excesso de gordura corporal, radiação ionizante em tórax e uso de tabaco podem ser reduzidos ou evitados. Recomenda-se a prática de exercícios físicos e uma alimentação equilibrada.
A prevenção, o diagnóstico e o tratamento precoces salvam vidas. Faça o autoexame e, ainda mais importante, marque consultas preventivas periódicas.