Quando falamos do teste de Ishihara muitas pessoas não entendem do que se trata, e se perguntam sobre quais suas funcionalidades e efetividade. Nós, da equipe do Dr. Marcelo Vilar, produzimos este conteúdo para te auxiliar a entender qual o objetivo deste teste e como ele oferece precisão para o diagnóstico correto da sua dificuldade visual. Confira!
O teste de Ishihara
O teste de Ishihara é composto por aqueles conhecidos desenhos, formados por bolinhas coloridas, com um número no centro da imagem. Apesar de muitas pessoas considerarem o teste uma brincadeira, ele é muito importante para identificar e diagnosticar o daltonismo nos pacientes.
O teste foi desenvolvido em 1917 e recebeu esse nome devido ao seu criador, o japonês Dr. Shinobu Ishihara (1879-1963), que foi professor da Universidade de Tóquio. Em 1908, Ishihara recebeu uma solicitação da Universidade de Tóquio para elaborar um teste com o fim de recrutar militares com anormalidades de visão de cores.
As primeiras placas foram pintadas à mão por Ishihara em aquarela, usando símbolos hiragana, sistema de escrita mais básico da língua japonesa. As primeiras versões do teste foram realizadas com a ajuda do assistente do oftalmologista, o qual era daltônico, ajudando assim a comprovar o bom funcionamento do exame.
Como funciona o daltonismo?
Daltonismo é o termo usado para denominar a falta de sensibilidade de percepção de determinadas cores. Isto não significa dizer que pessoas daltônicas não enxergam nenhuma tonalidade de cor, mas sim que possuem dificuldade em fazer a distinção entre alguns pares de cores complementares. Normalmente isto ocorre no momento de distinguir o vermelho e o verde, mas com menos frequência, pode ocorrer também entre o azul e o amarelo.
Esse distúrbio visual é conhecido desde o século XVIII e recebeu esse nome em homenagem a John Dalton, um químico inglês que foi o primeiro cientista a pesquisar a anomalia ocular que ele mesmo era portador.
O daltonismo também pode ser conhecido como discromatopsia ou discromopsia e é uma condição geneticamente hereditária, ligada ao cromossomo sexual X, afetando em maior quantidade os homens.
Esta disfunção visual raramente afeta mulheres, pois elas possuem dois cromossomos X. Portanto, quando são afetadas por um dos cromossomos com a mutação, o outro normalmente compensa a alteração. Já no caso dos homens, eles possuem apenas um X – sendo o outro Y – o que faz com que uma vez que o X esteja com a mutação, o daltonismo se manifeste sem nenhuma maior dificuldade.
Como funciona o teste de Ishihara
O teste é realizado utilizando imagens (principalmente números) formadas por diversos pontos de cores diferentes. Esse contraste de cores, é o que permite a identificação dos números desenhados no centro, os quais podem ser enxergados com facilidade por pessoas que não apresentam daltonismo. Porém, pessoas portadoras do distúrbio visual, não conseguem identificar a imagem, pois enxergam as colorações presentes na imagem de maneira muito similar.
Este teste tem uma realização rápida e garante uma precisa avaliação do daltonismo de origem congênita (forma mais comum dos distúrbios de visão de cores). Ao todo são 38 placas utilizadas e os pacientes podem ser identificados pela deficiência tipo Protan – protanopia e protanomalia – ou pelo tipo Deutran – deuteranopia e deuteranomalia, diagnóstico esse que deve ser realizado pelo médico oftalmologista responsável.
Precisão do teste de Ishihara
Apesar de se tratar de um exame com uma realização relativamente simples, o teste de Ishihara possui uma alta precisão. Por se tratar da identificação de números através da diferenciação de cores na imagem, se torna muito simples reconhecer a presença da dificuldade visual nos pacientes, pois a não identificação dos números significa a dificuldade na diferenciação de tons, ou seja, o daltonismo.
O exame de Ishihara precisa ser realizado por um médico especialista em oftalmologia, para que o diagnóstico seja feito de maneira correta e assertiva para o quadro de cada paciente.
Daltonismo tem cura?
O daltonismo é uma condição que não possui cura e nem tratamento específico por enquanto. Hoje, existem lentes de contato e óculos especiais que auxiliam as pessoas com daltonismo a distinguir cores muito semelhantes.
Apesar de não ter uma cura definitiva para o daltonismo, esses óculos e lentes têm feito total diferença nas vidas dos daltônicos que têm acesso a este tipo de tratamento.
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