Pouco difundida em comparação a outros problemas de visão, o ceratocone é uma doença comum que progressivamente desperta mais atenção do público em geral. Dos anos 80 até os dias de hoje, tanto o diagnóstico quanto os tratamentos evoluíram muito. Na época, o exame mais qualificado disponível era a ceratometria. Já nos anos 90, surgiu a videoceratoscopia computadorizada, que revolucionou a oftalmologia facilitando o diagnóstico da doença. Hoje, o exame é feito por tomografia da córnea, que revela imagens captadas por câmera Scheimpflug ou por tomografia de coerência óptica. Essa tecnologia permite o diagnóstico precoce, possibilitando tratamento desde a fase inicial e evitando maiores prejuízos para a visão.
Antes de responder a questão colocada no título do nosso blog, nós da equipe do Dr. Marcelo Vilar, propomos o seguinte: vamos entender um pouco mais como o ceratocone aparece e evolui? E quais são os grupos mais suscetíveis à doença? Confira os tópicos abaixo:
Preste atenção aos sintomas
Visão borrada e/ou distorcida, tanto para longe quanto para perto. Coceira constante nos olhos. Mudança de grau dos óculos em curtos períodos de tempo. Estes são os principais indícios que você pode ter ceratone. Ao levar em conta o levantamento da história clínica do paciente, caso haja a suspeita da ocorrência do ceratocone, indica-se a realização de exames de topografia e tomografia da córnea para chegar ao diagnóstico e descartar outros problemas como, por exemplo, o astigmatismo. A gravidade do caso também é classificada como leve, moderada ou avançada. São passos primordiais para a definição do tratamento mais adequado.
Linha do tempo do ceratocone
O ceratocone comumente aparece no começo da adolescência, por volta dos 13 anos. Não tem distinção de sexo, afetando homens e mulheres em percentuais similares. Manifesta-se numa proporção de 1 caso a cada 20 mil pessoas. A doença tende a evoluir no máximo até o paciente completar 40 anos. Após este marco, a tendência é de estabilidade.
Prevenção e tratamentos
Ainda que seja recomendável não coçar os olhos para não piorar o quadro da doença, não existe um método realmente eficaz para prevenir o ceratocone. Sua causa é hereditária, portanto a maneira ideal é fazer exames preventivos durante a adolescência para diagnosticá-lo precocemente.
Em relação aos tratamentos, o médico oftalmologista com especialidade, como o Dr. Marcelo Vilar, irá recomendar uma das seguintes opções: uso de óculos, lentes de contato, cirurgia de cross-linking, Anel de Ferrara ou transplante de córnea.
Nos casos cirúrgicos, o procedimento é indolor, realizado com anestesia em forma de colírio. A cirurgia de cross-linking dura cerca de uma hora e a de Anel de Ferrara, aproximadamente 30 minutos. O transplante de córnea só é recomendado nos casos em que o quadro já está muito deteriorado.
Enfim, o ceratocone pode me deixar cego?
Antigamente, algumas pessoas perdiam a visão devido a um diagnóstico muito tardio. Faz-se importante lembrar que ceratocone não afeta o nervo óptico, portanto tecnicamente não causa cegueira completa. Mas se não for tratado, pode evoluir a ponto de causar a chamada “cegueira legal”. Neste nível de comprometimento, a visão está tão prejudicada que a pessoa não consegue mais efetuar com naturalidade as tarefas diárias, precisando de ajuda ou assistência especial causada pela deficiência.
Mesmo neste caso mais grave, o ceratocone tem cura através do transplante de córnea. Porém, é um procedimento que pode ser evitado através de simples visitas periódicas ao seu oftalmologista de confiança.
Por isso, confira novamente os sintomas citados nesse conteúdo e não hesite em procurar o Dr. Marcelo Vilar. Marque sua consulta através do telefone (41) 99616-9915 e cuide da saúde dos seus olhos.