Setembro é o mês da primavera, a estação considerada por muitos como a mais bela entre todas, pelas suas cores, pela diversificação no perfume das flores. Porém, exige cuidados também. Em especial com os olhos, que ficam mais vulneráveis.
De acordo com o Dr. Marcelo Vilar, oftalmologista do Hospital de Olhos do Paraná, a liberação dos pólens das árvores e plantas faz surgir alergias oculares. Ele define as alergias como um processo muito comum do organismo, uma resposta do sistema imunológico na tentativa de defender um agente externo.
No caso dos olhos, o dano mais frequente é a conjuntivite alérgica. Ela pode ser provocada, além do pólen, por pelos de animais, ácaro e mofo. A chamada conjuntivite primaveril pode provocar coceiras nos olhos, vermelhidão, secreções, lacrimejamento, inchaços, ardência e sensação de areia nos olhos, entre outros sintomas. É provocada pela inflamação da conjuntiva, uma membrana que recobre a parte branca dos nossos olhos.
O tratamento da conjuntivite alérgica é simples, mas precisa ser feito pelo oftalmologista que, durante a consulta, prescreve colírios para aliviar os sintomas e sugerem ao paciente que se afaste ou evite a proximidade com o agente causador da alergia.
Ceratocone
Não cuidar devidamente da conjuntivite alérgica, adverte o Dr. Marcelo, pode provocar sérios problemas à visão, tais como cicatrizes, olho seco e, inclusive , o ceratocone, doença que provoca o encurvamento irregular da córnea e, por consequência, a redução progressiva da visão.
A doença é uma das mais graves entre as oculares e, se não tratada, pode levar a danos irreversíveis, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia. É considerada como a principal causa de transplantes de córnea no país, com um total de 13 mil desses procedimentos ao ano.