Antes de ser oftalmologista, sou médico. Uma das questões da medicina mais importantes do nosso tempo é a saúde mental – ainda um tabu que muitos preferem não enxergar e que hoje está agravado com as repercussões da Covid-19 e da quarentena no dia a dia das pessoas.
A origem da campanha.
O Setembro Amarelo foi inspirado na história de vida do adolescente Mike Emme, um americano de apenas 17 anos que tirou a própria vida em 1994. O jovem era conhecido por ser educado e atencioso. Também era admirado por suas habilidades mecânicas. Ele adorava carros e se dedicava a restaurar um Mustang 68, recuperando inclusive a cor original do veículo: amarelo.
A família, abalada, não realizou um funeral. Mas seus amigos começaram a distribuir cartões amarelos com a mensagem: “Peça ajuda”. A ação acabou ganhando o país e repercutiu bastante. Em 2003, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu o dia 10 de setembro como o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio e a fitinha amarela se tornou o ícone desta iniciativa em prol da saúde mental.
Conscientização é autoconhecimento e sinal de evolução.
Todos nós somos suscetíveis a esse problema durante a vida. Desânimo, depressão e desequilíbrio mental não são falhas de caráter. São problemas de saúde e assim devem ser tratados.
Preste atenção aos primeiros sinais em você mesmo e também nas pessoas que você ama. Procure se alimentar bem, praticar exercícios, meditar, tirar um tempo para fazer algo que você gosta e divida seus problemas e angústias com quem você confia.
E caso precise de ajuda, procure a orientação profissional de um psiquiatra ou psicólogo.