A chegada do frio, que se intensificou com o início do inverno, exige um cuidado maior com doenças que podem comprometer a visão. Elas ocorrem por conta do clima seco, da baixa umidade do ar e pelo fato de as pessoas permanecerem mais tempo em ambientes fechados, especialmente em cidades frias, como Curitiba.
O alerta é do Dr. Marcelo Vilar, oftalmologista do Hospital do Olhos no Paraná (HOP). Segundo ele, nesta época do ano, tornam-se comum alergias e infecções oculares como conjuntivite, herpes, síndrome do olho seco e até mesmo glaucoma e catarata, devido ao uso indiscriminado de medicamentos.
Para pacientes mais propícios a contrair alergias, as crises ocorrem devido à grande quantidade de ácaro presente em cobertores e roupas de inverno que estão guardados há muitos meses. Para que isso não ocorra, o Dr. Marcelo indica para lavar cobertores, agasalhos e, ainda, manter janelas abertas durante um período do dia para fazer a ventilação da casa.
Conjuntivites
As conjuntivites também são comuns com a chegada do frio. Isso porque a infecção viral causada pelo adenovírus provoca gripe e infecções respiratórias. Esses fatores fazem baixar a imunidade, provocando condições tais como a conjuntivite, geralmente em pacientes já gripados.
Sintomas
O oftalmologista do HOP alerta que um especialista deve ser consultado quando surgirem sintomas tais como: intensa coceira nos olhos, vermelhidão, inchaço das pálpebras e fotofobia (aversão à luz). A baixa imunidade acarreta ainda no aparecimento de herpes. Ele explica que o mesmo herpes que provoca uma lesão labial pode causar uma recidiva ocular.
Cuidados
Especialmente em período de pandemia do novo coronavírus, o Dr. Marcelo adverte para cuidados importantes. São eles: lavar as mãos com frequência e evitar o contato com o nariz, boca e olhos. Essas medidas previnem as irritações comuns nessa época do ano. A consulta com o oftalmologista também é essencial para evitar doenças que podem se agravar, alerta.
É preciso ainda cuidar com a automedição, ato comum que aumenta pelo motivo dos pacientes acreditarem que para o alívio da irritação os colírios à base de corticoide são a solução. Essa prática sem a supervisão de um oftalmologista pode trazer riscos à saúde, acrescenta o Dr. Marcelo.