Com frequência abordamos em nossas redes sociais sobre a importância do check-up periódico com o oftalmologista, como uma forma de prevenir e, quando isto não for possível, de identificar importantes doenças da visão, entre elas algumas que podem provocar até a cegueira definitiva. Hoje o nosso assunto é, talvez, uma das iniciativas mais importantes no campo da oftalmologia: o Teste do Reflexo Vermelho, conhecido como Teste do Olhinho.
Esse exame fundamental ao bebê ser realizado em todos os recém-nascidos antes da alta hospitalar. No Paraná, a Lei Estadual 14.601/04 tornou obrigatório e gratuito esse teste, que investiga a existência de doenças oculares como catarata e glaucoma congênitos, retinopatia da prematuridade, tumores, traumas de parto etc. São doenças que, se detectadas precocemente, podem ser tratadas e melhorar a qualidade de vida das crianças acometidas. Infelizmente, nem todos os estados brasileiros dispõem de legislação semelhante e, por esse motivo, o teste ainda não é tão conhecido como o Teste do Pezinho. O procedimento é bastante simples, bastando que o médico, utilizando um instrumento chamado oftalmoscópio, emita luz sobre a pupila do recém-nascido. Esse raio de luz atravessa a córnea, a pupila, o cristalino e o corpo vítreo, refletindo-se na retina sem qualquer dano. Quando não há nenhuma doença ocular, o reflexo produz uma cor avermelhada e contínua nos olhos. Se não houver reflexo, a criança precisa ser encaminhada a um especialista para que seja submetida a novos exames. No caso de bebês prematuros, nascidos com menos de 32 semanas de gestação, ou pesando menos do que 1,5 kg, o exame não deve ser realizado antes de um mês de vida. Só então, deve ser encaminhado ao especialista para a realização do Teste do Olhinho. No caso da catarata congênita, por exemplo, quanto mais precoce for o diagnóstico e o procedimento cirúrgico, menor será o dano à visão. Se eliminada no primeiro mês de vida, dificilmente deixa sequelas.