Tem sim, de acordo com o Dr. Marcelo Vilar, oftalmologista do Hospital de Olhos do Paraná.
Pesquisas recentes desenvolvidas por estudiosos de Taiwan comprovaram que essa condição é um fator de risco para doenças como o edema macular diabético (que pode provocar a cegueira).
Pacientes com apneia obstrutiva do sono (mesmo com disco óptico clinicamente normal) podem apresentar diminuição significativa na espessura da camada de fibras nervosas da retina, da camada de células ganglionares e da cabeça do nervo óptico.
Mas afinal, o que é a apneia? Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia entende-se por apneia a interrupção completa do fluxo de ar através do nariz ou da boca por um período de pelo menos 10 segundos nos adultos.
Estima-se que a doença afete entre 18 a 20%, tanto em pacientes com diabetes tipo 1 quanto em diabetes tipo 2.
Os principais sintomas são cansaço ao acordar, sensação de sono insuficiente, sonolência diurna excessiva, queda no rendimento nos estudos e no trabalho, irritabilidade, depressão e impotência sexual (nos homens).
Estão mais suscetíveis ao problema pessoas com os índices de glicemia fora de controle. Esse grupo de pacientes, adverte o Dr. Marcelo, precisa de consultas periódicas.
Além do oftalmologista, quem apresenta apneia precisa do acompanhamento por uma rede integrada de especialistas, que inclui o cardiologista, o endocrinologista, o nutricionista, entre outros profissionais.